Deus ouve o choro das crianças
Gen., 21:17
Fundador da CHANCE International
Mineiro de Ouro Preto, MG, é casado com Luiza Maria e do casal nasceram 4 filhos: Melissa, Juliana, João Marcos e Hermano, e 6 netos: Daniel, Lídia, Yuri, Olívia, Benício e Tito. A família se completa com o genro Dairson e as noras Camile e Veruska.
Derci passou toda sua infância e adolescência na cidade de Nova Lima, MG, onde firmou as estacas de sua formação básica, mudando-se mais tarde para Belo horizonte, onde começou sua carreira profissional.
Graduado em Pedagogia, com pós Graduação em Administração para Executivos, antes de se graduar em Pedagogia, Derci cursou Engenharia Civil até o 3º ano, quando optou definitivamente pela área de educação, sua paixão. Derci iniciou sua caminhada na área da educação e assistência social, como Coordenador do Setor de Alunos do SENAI, na Cidade Industrial de Belo Horizonte, MG, onde além das atividades próprias da área, coordenou o processo de seleção e o programa de bolsas de estudo SENAI/Indústria, bem como todo o programa sócio educativo e de formação bem como todo o programa sócio educativo e de formação e desenvolvimento de liderança do corpo de alunos.
Escola do SENAI da Cidade Industrial em Belo Horizonte – MG, uma das maiores instituições de ensino e formação profissionalizante do mundo, incluindo o seu modelo impar de gestão.
Atendendo a um convite da ONG americana Christian Children`s Fund, com sede na Cidade de Richmond, Virginia, USA, implantou e dirigiu por dois anos e meio um Projeto Socio Educativo com 3.500 crianças apadrinhadas, incluindo um prograqma de Apoio Familiar e de Desenvolvimento de Comunidade, em Belo Horizonte, MG, com uma equipe interdisciplinar, formada de médicos, dentista, assistentes e visitadoras sociais. Convidado pela mesma ONG, mudou-se para Fortaleza, CE, onde ajudou na implantação de seu Escritório Regional para o Nordeste e, foi seu Diretor Regional para o Norte e Nordeste do Brasil por 10 anos.
Como Diretor Regional, implantou 59 Projetos afiliados, entre escolas, creches e centros de atividades sócio educativas, assistindo a 32.000 (trinta e duas mil) crianças apadrinhadas e seus familiares. Ainda em Fortaleza,CE, numa parceria com a Prefeitura local, coordenou a mobilização comunitária da beira-mar, numa vitoriosa experiência de desfavelamento.
Implantou também o programa de estágio de estudantes de Serviço Social, em parceria com a Escola de Serviço Social da Universidade Estadual do Ceará. Em parceria com o Curso de Nutrição da Universidade Federal do Ceará, Implantou o Programa de Recuperação de crianças vítimas da desnutrição, tendo recuperado centenas de crianças portadoras de desnutrição severa. Ainda como Diretor da Christian Children`s Fund para o Norte e Nordeste do Brasil, implantou os JOGOS COMUNITÁRIOS, um vitorioso Programa de Prevenção da Marginalização Infanto-Juvenil Através do Esporte, envolvendo o Curso de Educação Física da UNIFOR, Universidade de Fortaleza, Curso de Nutrição da Universidade Federal do Ceará, Federação Cearense de Atletismo e Colégio Militar de Fortaleza, onde se realizaram várias das 54 modalidades esportivas disputadas por 2.700 atletas inscritos na sua terceira edição anual. A abertura solene dos IV JOGOS COMUNITÁRIOS foi realizada no Estádio Castelão com mais de 20.000 pessoas e autoridades, alem do emocionante desfile dos 2.700 atletas. A presença dos bonecos Disney, Mikey e Pateta, vindos da Disneylandia (patrocínio da companhia aérea VARIG), descendo de helicóptero com duas crianças no centro gramado, foi emocionante. O ponto alto da solenidade de abertura foi uma homenagem ao maior jogador de futebol do mundo em todos os tempos, Pelé, com uma alegoria de 600 crianças, saindo dos 4 tuneis do estádio para formar a camisa nº 10, marca do grande jogador.
Na Christian Children`s Fund, além de cursos e treinamentos nas áreas de educação e desenvolvimento de crianças, famílias e comunidade, Derci participou nos Estados Unidos, de um treinamento sobre medicina popular comunitária com estágio no sede do Projeto “Where There is no Doctor” (Onde Não Há Médico), do biólogo norte americano David Werner, numa comunidade rural no México, comunidade sede do projeto.
Participou também do Curso de Desenvolvimento de Comunidade do IIRR – International Institute of Rural Reconstruction (Instituto Internacional de Reconstrução Rural), realizado na Guatemala.
A convite do Presidente do Ministério Bernhard Johnson, implantou e dirigiu por dois anos, a ABEM, Associação Beneficente Evangélica para Menores, tendo estabelecido toda a sua estrutura organizacional e de programa e implantado seus 40 Projetos Afiliados com 4.000 crianças apadrinhadas em 10 estados do Brasil.
Depois da Christian Children`s Fund, Derci implantou no Brasil a ONG americana, COMPASSION International, com sede em Colorado Springs, nos Estados Unidos, tendo sido seu Diretor para o Brasil por 18 anos, desde a sua fundação, tendo atingido 23.000 crianças apadrinhadas em 150 Projetos Afiliados (creches, escolas, centros de atividades sócio-educativas, abrigos e centros de recuperação de viciados) em 14 Estados do Brasil, do Amazonas ao Rio Grande do Sul.
Com o apoio da COMPASSION International, Derci fundou a Associação CHANCE Internacional, com sede em Campinas, SP, tendo implantado Projetos Afiliados em Minas Gerais e São Paulo e escritórios de levantamento de fundos nos Estados Unidos e Reino Unido.
Atualmente, a CHANCE vem prestando serviços à Prefeitura de Campinas, SP, mediante Têrmo de Colaboração, por licitação pública, num contrato de prestação de serviços na cogestão de 07 unidades de educação infantil, as chamadas CEI´s Bem Querer, com mais de 2.000 crianças matriculadas.
Títulos:
Derci é cidadão honorário de Campinas, SP, título outorgado pela Câmara Municipal pelos serviços prestados à comunidade campineira nas áreas de educação e assistência social.
Derci é também cidadão honorário de Fortaleza, CE, título outorgado pela Câmara Municipal, pelos serviços prestados à comunidade da capital e ao Estado do Ceará nas áreas de educação e assistência social.
Das ricas e profundas experiências vividas na área da Filantropia ou Terceiro Setor, três, em especial, me impactaram de forma contundente. Elas têm norteado a minha visão e o modo de pensar e agir em mais 40 anos no trato com a questão do socorro ao necessitado, sua educação, desenvolvimento e sua luta desesperada ou muitas vezes apática – o que é pior, para safar-se da dor da miséria.
Os cinco anos passados na coordenação do Setor de Alunos de uma escola do SENAI em Belo Horizonte, mais precisamente na Cidade Industrial de Contagem, cobrindo toda a área escolar, social, familiar e de relacionamento com as indústrias parceiras, foram parte significativa dos alicerces dessa sólida construção de parâmetros.
Depois vieram os treze anos na Christian Children`s Fund (Fundo Cristão para Crianças), com sede em Richmond, Virginia, nos Estados Unidos, primeiro como lider de um centro de programa sócio-educacional para 3.500 apadrinhadas e seus familiares, em Belo Horizonte e, a seguir, como Diretor da Organização para todo o Norte e Nordeste do Brasil, com sede em Fortaleza,CE, por mais de 10 anos e com mais de 32.000 crianças apadrinhadas e seus familiares.
O ponto alto, desse verdadeiro laboratório de vida profissional e conhecimento no trato da assistência, educação e desenvolvimento da massa de marginalizados, teve como palco a COMPASSION International, com sede em Colorado Springs, também nos Estados Unidos. Responsável pela implantação da organização no Brasil, fui também seu Diretor Nacional por 18 anos, com 23.000 crianças apadrinhadas e seus familiares, através de mais de 150 projetos, entre creches, escolas, programas sócio educativos e casas de recuperação de vítimas do vicio das drogas e da delinqüência infanto juvenil.
A excepcional abrangência e qualidade de visão estratégica dessas três grandes corporações, SENAI, Christian Children`s Fund e COMPASSION International, tanto na concepção de sua gestão operacional quanto na eficiência e sensibilidade de seu pragmatismo, pontos de convergência de sua razão de existir, inspiraram-me a refletir na visão de um esforço de mobilização de todo o potencial do nosso país, agregando mais um valor de vital importância na busca e alcance dos resultados afins: a vivência e a identidade sócio-cultural neste cenário dos “SEM NADA” que caracteriza o nosso público alvo.
Residindo em Fortaleza, CE, e, de posse desses fundamentos, buscamos compartilhar com um grupo de amigos a visão de uma ONG que pudesse torná-la realidade. No dia 6 de Junho de 1983, um dos membros do grupo, Wandercy Francisco Fonseca, então gerente regional da VARIG, na época, a maior companhia aérea do país, o casal Wandercy e Edna ofereceu ao grupo de voluntários um jantar em sua residência onde seriam lançadas as bases da nova instituição. A ONG teria o nome de ABC, Associação Brasileira pró Criança e viria a ser o embrião da CHANCE Internacional. Ainda em sua fase embrionária, foram estabelecidos os alvos de suas primeiras atividades, com uma doação volutária inicial de US$ 20.000,00 (vinte mil dólares) de dois padrinhos da Christian Children´s Fund, empresários italianos, Sr. Adamo Tornese (Mino) e Franco Zuchero. O irrestrito apoio do Colégio Batista Santos Dumont, na pessoa de seu visionário e dinâmico Diretor, Dr. José Milton Cerqueira, foi fundamental para esse promissor começo da CHANCE. A engenheira e empresária Monica Xavier Brandão foi a primeira Diretora Executiva da CHANCE.
Nesse mesmo dia, 6 de junho de 1983, data marcada para a reunião de constituição formal da nova organização, recebemos um convite do missionário Bernhard Jonhson, num telefonema dos Estados Unidos, para mudarmos com a família, de Fortaleza para Campinas, SP, para estruturar e dirigir a ONG
ABEM, que seria mantida com recursos do Bernhard Johnson Ministries e da ONG americana, COMPASSION International, ambas com sede nos Estados Unidos. A mudança, se aceito o convite, estava prevista para janeiro do ano seguinte, 1984.
Diante disso o grupo não só aprovou a mudança, como também decidiu que a implantação da nova ONG aguardaria o momento em que fossemos liberados desse novo compromisso. Nos seis meses que antecederam a nossa transferência de Fortaleza para Campinas a nova ONG repassou os recursos recebidos da doação dos padrinhos italianos (US$ 20.000,00) para a liderança comunitária do Dendê que os aplicou na construção de um ambulatório médico na comunidade.
Já em Campinas e, depois de dois anos na implantação da ONG ABEM, e já com 40 Projetos Afiliados e 4.000 crianças apadrinhadas, fomos convidados pela própria COMPASSION International para implantar a sua sede para o Brasil, assumindo a sua direção nacional por 18 anos.
A retomada para implantação da CHANCE Internacional, se deu em 2001, tendo deixado a direção nacional da COMPASSION International no Brasil, isto é, 18 anos depois daquele inesquecível encontro de seu lançamento, com um grupo de amigos em Fortaleza, CE.
Dentro da sua nova visão corporativa de Child Advocacy, a COMPASSION International decidiu voluntária e expontaneamente apoiar a iniciativa de criação da CHANCE, patrocinando por três anos os salários do fundador Derci Gonçalves de Souza, para se dedicar exclusivamente à tarefa de organizar estruturalmente e implantar as atividades iniciais da nova ONG.
Em abril de 2001, durante esse tempo de definição de estratégias e construção dos fundamentos corporativos, e numa reunião em Belo Horizonte com o casal Hildefonso Silva, ele brasileiro Hildefonso Silva e ela escocesa, Ann V. Rhodes, na época vivendo na Escócia, Reino Unido, mais um outro casal de ingleses Keith Hammond e sua esposa Maria Hammond, seus mantenedores e também mantenedores de uma casa lar (Sitio Monte Siao) na cidade de Rio Acima, na região metropolitana da capital mineira, decidiram espontânea e voluntariamente doar para a CHANCE todo o patrimônio do Projeto: O Sítio com 98.000 m², uma Kombi do ano, nova, quatro casas (duas das quais recém construídas no valor (da época) em torno de US$ 30.000,00 cada uma e com todos os móveis e equipamentos. Com a doação, a CHANCE assumiria também a responsabilidade pela continuidade da assistência às 17 crianças abrigadas nas três casas lares, com recursos levantados pelos missionários de UK. O Sitio Monte Sião, foi assim o primeiro Projeto da CHANCE.
Com a doação da propriedade, o processo do registro legal da CHANCE como personalidade jurídica pôde ser efetivado com o aproveitamento do registro da antiga organização mantenedora do Projeto do Sítio Monte Sião (ASSOCEV – Ação Social Socorro Evangélico), apenas mudando o seu nome para Associação CHANCE Internacional, o que aconteceu no dia 05 de maio de 2001, numa reunião da Assembléia Geral realizada no Sítio Monte Sião, na cidade de Rio Acima, Minas Gerais. Assim, a data de fundação da CHANCE ficou definida como sendo o dia 06 de Junho de 1983 e a data do inicio de sua atividades, 05 de Maio de 2001.
No ano seguinte, a convite da missionária Maria Hammond, Derci passou uma semana (20 a 24 de Agosto de 2002), na cidade de Darvel, Airshire, na Escócia, na residência do casal de Hildefonso e Ana V. Rohdes, endereço estabelecido pelos missionários para ser a sede da CHANCE para o Reino Unido, até então com o nome de Care & Compassion, (sem qualquer ligação ou referência à COMPASSION International da cidade de Colorado Springs nos Estados Unidos). A sede da CHANCE na Escócia já estava equipada com todo equipamento necessário para o seu funcionamento – Computadores, Impressoras e móveis – tudo repassado, gratuitamente, da antiga ONG, Care Compassion, para a CHANCE Internacional-UK. Ao final da semana, no sábado, 24 de Agosto de 2002, fomos para a cidade de Bedale, na Inglaterra, para um jantar de oficialização da constituição e registro da CHANCE International como uma ONG na Inglaterra, onde a missionária Maria Hammond foi designada como sua Presidente para o Reino Unido. Durante o primeiro período de funcionamento do escritório da CHANCE no Reino Unido, Carol, filha do casal Hildefonso e Ana V. Rohdes, serviu como secretária de apadrinhamento, cuidando da organização do sistema dos primeiros padrinhos de crianças. A então Presidente Maria Hammond acumulou as funções com o levantamento de novos padrinhos na Inglaterra. A madrinha Sheila Donaldson, da Escócia, coordenou voluntariamente a campanha para conseguir os primeiros 20 padrinhos em seu pais.
Nos Estados Unidos, A CHANCE teve seu registro como uma ONG americana, no ano de 2003, graças ao empenho do casal de missionários, Pr. Elizeu Silva e Regina, lideres da igreja Betel Assembly of God Church, na cidade de Fort Lauderdale, na Flórida, onde estivemos presentes para a reunião de fundação, com a participação também do então primeiro tesoureiro da CHANCE no Brasil, João Mitkiewicz. Nessa reunião de constituição da CHANCE americana o Pr. Elizeu foi designado como Presidente e sua esposa, Regina, assumiu o posto de Sponsor Relations Coordinator. A diretoria se completou com o Pr. John Depoux (Contabilista) como Tesoureiro e sua esposa, Nazera, como Secretária.
Os primeiros 22 padrinhos americanos foram o resultado de uma visita de um grupo de voluntários do Walking With God Ministries à Igreja Batista Ágape em Campinas. Em visita à comunidade do Parque Oziel, onde a CHANCE estava implantando o seu Projeto Afiliado, Centro Estudantil Canaã, numa parceria com a Igreja do Nazareno local. Na visita às casas os visitantes escolheram pessoalmente suas próprias crianças para apadrinhar.
Dadas as dificuldades financeiras para manutenção do sistema de apadrinhamento no exterior, bem como a impossibilidade de sua administração a longa distância, as atividades do sítio Monte Sião tiveram que ser suspensas temporariamente, até que as condições possibilitem a sua futura reestruturação tanto dos Estados Unidos, como da Inglaterra e Escócia.
Maria Hammond, missionária inglesa, possibilitou a implantação da CHANCE no Brasil, participando de sua primeira reunião, juntamente com Derci Gonçalves de Souza, Sr. Aristino Gomes de Souza, Dervy Gomes de Souza, e João Mitikevitz, realizada na casa do primeiro, à Rua Galena, em Belo Horizonte, em Setembro de 2001. Maria Hammond levantou os recursos na Inglaterra para compra do sitio e construção das casas que abrigou crianças órfãs, ou cujos pais não tinham condição de sustentá-las, e se tornou a primeira presidente da CHANCE para o Reino Unido.
Madrinha Sheila Donaldson, e a criança apadrinhada Willian, sua avó e tia, numa de suas vindas ao Brasil. Grande cooperadora da CHANCE na Escócia onde levantou muitos padrinhos para as crianças brasileiras. Ela doou também dois computadores no inicio das atividades da organização no Brasil.
Madrinhas Carol Black e Sheila Donaldson em visita à casa da criança apadrinhada Clayton, com toda a família reunida, num projeto da CHANCE em Belo Horizonte. Na foto também, em primeiro plano, a interprete voluntária Carla Dias.
Assistente Social Leny de Oliveira Santos, símbolo de espírito voluntário. Leny coordenou a implantação dos 5 primeiros projetos da CHANCE em Belo Horizonte
Pr. Elizeu Rodrigues Silva e esposa, Regina, Pioneiros da CHANCE Internacional nos Estados Unidos. Pr. Silva registrou a CHANCE nos Estados Unidos, organizando o Board of Directors, sendo designado o seu primeiro Presidente na grande nação americana. Juntamente com a sua esposa Regina, coordenaram toda a implantação e funcionamento do sistema de apadrinhamento.
Centro Infantil Boldrini em Campinas – SP, referência nacional em tratamento do câncer infantil
Tão logo foi depositada a primeira ajuda da COMPASSION International para a CHANCE, nós fomos procurados pela Sra. Suely Parraga, uma assistente voluntária do Hospital Boldrini de Campinas, referência nacional no tratamento de câncer infantil, para dar uma ajuda a duas das famílias que estavam com uma criança em tratamento. A primeira ajuda foi para a criança Rian Souza de Oliveira, de apenas três meses de idade e portadora de um tumor cancerígeno no abdômen. Os pais de Rian trabalhavam como cortadores manuais de cana-de-açúcar (bóias frias), com um salário que mal dava para comer.. A ajuda da CHANCE foi de R$ 100,00 para comprar alimento para a família que estava passando por sérias dificuldades financeiras com o tratamento do filho. Eles moravam fora e a mãe tinha de parar de trabalhar para cuidar do filho no hospital, durante os dias de tratamento em Campinas.
A segunda ajuda foi de R$ 373,00 para a criança Pedro Henrique Mariano, de sete anos de idade cujos pais não tinham condições financeiras. O dinheiro foi utilizado para compra de um medicamento especial nos Estados Unidos, através da Fundação VARIG, Linhas Aéreas Brasileiras. O pequeno Pedro Henrique sofria de um tipo raro de câncer e graças a esse medicamento suas chances de cura foram ampliadas.
Casa Lar Sítio Monte Sião: O Pioneiro
O Sítio Monte Sião é um projeto do tipo Casa Lar para crianças órfãs ou de pais impedidos legalmente de cuidar de suas crianças e que vinha sendo dirigido pela antiga organização ASSOSEV.
Trata-se de um Sítio com um terreno de 98.000 m², localizado no distrito de Coxo d’Água, município de Rio Acima, a 50 km de Belo Horizonte. O Sítio dispõe de quatro casas, duas das quais construídas há três anos a um custo de R$ 45.000,00 cada uma. Três das casas destinam-se ao abrigo de crianças e uma casa destina-se ao caseiro do Sítio.
Todo esse patrimônio, incluindo o terreno, as quatro casas mobiliadas, uma Kombi nova (ano 2000) e todos os implementos, móveis e equipamentos, foram passados gratuitamente para a CHANCE, que assumiu também a sua administração e desenvolvimento do programa de assistência e guarda das 17 crianças encaminhadas pelo juiz de menores da cidade de Santa Luzia, cidade da grande BH. Desde o início do acordo de parceria com os irmãos missionários de UK a CHANCE assumiu a direção total do Sítio e do programa de assistência às crianças.
Recebimento de 22 crianças ex-meninos de rua
Tão logo a CHANCE assumiu a direção do Sítio Monte Sião nós fomos procurados por uma equipe de voluntários, que trabalhava no resgate e recuperação de meninos de rua na cidade de Belo Horizonte. A equipe já chegou a ter cerca de 200 crianças de rua recebendo assistência em seu programa, mas foi obrigada pelas dificuldades financeiras a reduzir o atendimento a 50 crianças e quando ela nos procurou restavam 30 crianças. 20 das 30 crianças estavam amontoadas numa pequena casa de aluguel, e as outras estavam espalhadas em casas de amigos membros de igrejas evangélicas. Caso a CHANCE não pudesse recebê-las o trabalho ia ser definitivamente encerrado e as crianças voltariam para as ruas, como já havia ocorrido com as outras 20 crianças que estavam sob tratamento e cuidado no Projeto.
O pedido da equipe foi levado à diretoria da CHANCE que, diante da grave situação das crianças e do risco delas voltarem para as ruas, decidiu dar abrigo a elas juntamente com a equipe de obreiros. Para poder atender à necessidade urgente das crianças, a CHANCE fez uma reestruturação nas casas que estavam ocupadas e separou uma casa grande para receber todas as crianças que estavam na iminência de voltar para as ruas. Foram 21 ex-meninos de rua, completamente restaurados e transformados, vidas salvas do vício das drogas, da prostituição e confortavelmente abrigados e carinhosamente cuidados por uma dedicada e inspiradora equipe.
Os recursos para manutenção do programa de cuidado e assistência das primeiras 17 crianças e mais as 30 ex-crianças de ruas abrigadas posteriormente, eram levantados, parte na Inglaterra pelos missionários Maria Hammond, e o casal Hildefonso e Ana V. Rohad, e Escócia pela madrinha Sheila Donaldson e parte pela própria CHANCE no Brasil.
Por estar localizado numa região muito afastada da comunidade mais próxima, impedindo o convívio social das crianças abrigadas, e os riscos decorrentes desse afastamento, as autoridades locais da área de defesa da criança determinaram a mudança do Projeto para a cidade, onde as crianças pudessem desenvolver o seu convívio social com segurança. Com isso as atividades do Sitio Monte Sião foram desativadas.
Mesmo depois de desativado o programa de abrigo, algumas atividades de prevenção das drogas e da marginalização ainda foram desenvolvidas no Sitio Monte Sião, em parceria com uma instituição afim, até serem totalmente suspensas pela inviabilidade dos custos.
Criação da REBECA – Rede Brasileira pela Criança e o Adolescente
A REBECA é uma iniciativa da CHANCE Internacional com o propósito de promover a união das organizações não governamentais de educação e assistência à criança, dando…lhes suporte para sua consolidação e melhor desempenho de suas atividades tendo em vista o alcance de seus objetivos sociais.
Para criação da REBECA foram realizados 3 Encontros com os projetos em processo de cancelamento de convênio com a COMPASSION International, a saber: I Encontro, em Feira de Santana, BA, em 05/06/2002, com os Projetos da Região Nordeste; II Encontro, em Goiânia,GO, em 12/06/2002, com os Projetos dos Estados de Goiás e Tocantins e, III Encontro, em Belo Horizonte, MG, em 19/06/2002, com os Projetos dos Estados do Rio de Janeiro, Espírito Santo, São Paulo, Minas Gerais e Paraná.
Liderado pela então estudante de serviço social Leny de Oliveira Santos, um grupo de voluntáriosviajava de ônibus de Campinas para Belo Horizonte aos fins de semana para visitar as casas das crianças que seriam as primeiras inscritas para apadrinhamento pela CHANCE do Reino Unido. O trabalho da Leny e de todo o grupo foi totalmente voluntário uma vez que a CHANCE não dispunha dos recursos suficientes. Profissional competente, já graduada em Serviço Social pela PUCC Campinas, Leny optou por continuar trabalhando na CHANCE Internacional, agora como Coordenadora de Programa para todo o Brasil, abrindo mao de um convite para trabalhar em sua área numa grande empresa multi nacional. Convidada para coordenar um projeto de educação ambiental e de organização comunitária, numa parceria de prestação de serviços da CHANCE com a Companhia SAMARCO, a maior produtora e exportadora de minério pelotizado do mundo, Leny mudou-se para a cidade de Guarapari, no estado do Espirito Santo, onde deixou a sua marca de competência e dedicação.
As crianças a serem apadrinhadas foram cadastradas através de Projetos Sócio Educativos e de Prevenção da Marginalização Infanto Juvenil mantidos por igrejas evangélicas locais da capital mineira nas comunidades periféricas e muito carentes do Flamengo, Alto Vera Cruz, Ribeiro de Abreu e Alvorada, onde o maior problema era o uso e tráfico de drogas e as crianças começam a serem empurradas para o mundo do crime antes mesmo da adolescência. A população dessas comunidades está abaixo da linha da pobreza e sem nenhuma perspectiva de mudança. As igrejas mantenedoras desses Projetos atendiam a apenas 35 e 50 crianças em cada um deles, mas depois de um treinamento com as igrejas mantenedoras onde tivemos a oportunidade de passar a visão da grande necessidade das crianças e da grande oportunidade para as igrejas serem um instrumento de mudança da situação, resultando num aumento de mais de 500.
Ajude a proporcionar às crianças uma educação de qualidade e segurança de princípios e valores
Hospedagem e Desenvolvimento Bara Comunicação
© CHANCE Internacional – All Rights Reserved 2020